Crítica | Lolita


Stanley Kubrick, utiliza o livro de Vladimor Nabokov para contar em sua filmografia um tema difícil e polêmico para a sociedade. A romântização de jovens sendo feitas de "bonecas", para tais mentes perversas. 


Assim como Cidadão Kane de Orson Welles, Lolita de Stanley kubrick não segue uma ordem de fatos linear, vemos isso em que ambos das obras o primeiro acontecimento é o último acontecimento da trama.


O livro de Vladimir Nabokov, Lolita escrito em 1955 foi adaptado sete anos depois para as telas do cinema dirigido por Stanley kubrick Lolita de 1962 e um romance em que um professor de vaculdade Humbert Humbert (James manson) se apaixona por uma ninfeta chamada Lolita (Sue lyon) filha de uma viúva cujo seu nome é Charlotte (Shelley Winters) , Humbert e um professor europeu que viaja para os Estados Unidos e aluga um quarto. Humbert se apaixona por Lolita desde a primeira vez que a vê, fazendo-o se casar com sua mãe por total interessa na filha.


Lolita, uma provocante e doce jovem em que uma troca de olhares com professor Humbert faz acaba de apaixonado perdidamente pela jovem, se casando com sua mãe Charlotte assim ele não pagaria aluguel e não perderia contato com Lolita, percebemos que no desenvolvimento da trama Humbert fica cada vez mais obsecado e ciumento por Lolita, vimos esse primeiro comportamento de Humbert no baile da escola de Lolita em que ela está dançando com um rapaz e Humbert acaba despistando Charlotte e observando Lolita.


A mãe de Lolita, Charlotte e uma mulher insegura e carente e que se compara a todo momento com sua filha que é uma jovem bonita e cobiçada pelos homens, Humbert escreve no seu diário o que sente pela jovem e como ele a vê, Charlotte acaba vendo o diário de Humbert e acaba tirando a própria vida por raiva em que seu marido não a amava mais sim ama a sua filha.


O ciúmes de Humbert por Lolita aumenta cada vez mais ao decorrer que a narrativa vai encaminhando, fazendo-o querer tirar ela de peças teatrais e da escola por ciúmes


Na cena de abertura do filme vimos as mãos de um homem e um pé de uma moça, este homem sabemos que se trata de Humbert e a moça de Lolita, Humbert aparece pintando as unhas de Lolita mostrando submissão de um homem maduro por uma jovem, e isso que vemos em Lolita de Stanley kubrick um homem professor que se apaixona por uma jovem e que acaba fazendo de tudo para agradá-la


Kubrick é um diretor que sua filmografia se destaca pela profundidade da menssagem, a filosofia que ela nos trás é a diversidade de modos que podemos interpretar daquela obra, o diretor fez filmes em que ele nos mostra a psicologia do personagem vemos isso em O Iluminado, Laranja Mecânica e Nascidos Para Matar. Filmes que traz uma profundidade filosófica incrível. Em Lolita Stanley kubrick nos trás o complexo de lolita usado para referir para uma jovem menina, frequentemente uma quem tem apenas recentemente alcançado a idade de consentimento, aparenta para ser mais jovem do que a idade de consentimento, ou material de exploração infantil.


Devemos olhar para o livro de Vladimir nabokov e o filme de Stanley Kubrick como um alerta de uma realidade que está presente na sociedade e no meio pornográfico, a romântização infantil de jovens que são motivo de desejo sexual por homem mais velhos ou até mesmo de jovens, podemos pensar que o verdadeiro motivo em que Kubrick se interessou tanto pelo livro de Vladimir foi esse se levarmos em conta que todos os filmes do diretor têm como temática nos mostrar a psicologia humana.


O escritor do livro original de Lolita trabalhou com Kubrick para escrever o roteiro do filme, vemos a fidelidade com a obra original.


Em Lolita, Stanley Kubrick já nos mostrava como seria o estilo de sua filmografia anos seguintes, um estilo que aborda e nos alerta de perigo em que nos seres humanos podemos passar com nós mesmos, com o nosso psicológico, Lolita não é um filme de uma bela moça encantadora, e sim de um homem maduro e decidido que por um fetiche totalmente criminoso tem sua vida arruinada por uma jovem menor de idade, que acaba matando um homem por sua causa, que acaba tendo crises de ciúmes possessivas e esquecendo de quem ele realmente era, no começo vimos um Humbert decedido de si mesmo e um homem profissional em seu trabalho de professor e no final vemos um Humbert totalmente desequilíbrado e "chorão", saímos de um professor totalmente focado em seu trabalho para um homem totalmente submisso fazendo até as unhas de "sua" Lolita.  






Lolita (idem, Reino Unido, 1962)

Roteiro: Vladimor Nabokov

Direção: Stanley Kubrick

Elenco: James Mason, Sue Lyon, Shelley Winters, Peter Sellers, Lois Maxwell

Duração: 152 min. 

Por: Felipe Porpino 

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