Crítica | O Assassino (The Killer)
Um filme com estilo neo-noir com uma história violenta, mais interessante de um assassino interpretado por Fassbender.
David Fincher em seu novo filme soube usar muito bem a psicologia das cores para retratar cada acontecimento, intenção ou sentimento do protagonista. Na primeira cena somos apresentados ao protagonista, o assassino, que está sentado olhando a janela em que seu crime será feito, nesta cena a fotografia conta com cores frias e com o próprio protagonista narrando, entramos na mente do assassino como se a voz dele fosse a nossa voz, voz de nosso consciente, o assassino afirma e reafirma Várias vezes o que ele acha que é certo em sua vida e filosofia de vida como um assassino de aluguel. Minutos depois o personagem observa as pessoas pela janela, inclusive um ato muito parecido com Janela Indiscreta (1954) de Alfred Hitchcock, o assassino observa cada movimento da rua, com ajuda de um objeto (telescópio) ele estuda cada ato, com frieza calma e com poucas palavras isso é um ponto interessante na narrativa e que a todo momento somos colocados no lugar do assassino como se a voz dele fosse nossa voz mesmo ele não dizendo quase nada em todo o filme, o assassino nos passa essa situação de aflição e perigo, o personagem quase sempre se mantém calado mostrando ser uma pessoa fria, antissocial e metódica, a falta de compaixão também está presente na personalidade do assassino.
O Assassino nos mostra em todo narrativa ser um homem que tem total controle de suas emoções e de seus crimes, mas enquanto ele afirma isso no seu consciente o seu relógio de batimentos cardíacos diz o contrário, nos mostrando que sua frequência cardíaca está mais elevada do que o comum, vimos isso no que seria o seu "primeiro" crime do filme quando ele estava prestes a puxar o gatilho e acabou acertando outra vítima, ou seja, ele nos mostra ser uma pessoa em que na verdade ou nem toda via ele é assim, é sim um homem ansioso, um mero objeto como seu relógio, não deixa o personagem mentir para nos sobre suas emoções.
Na troca do primeiro ato para o segundo ato sua esposa acaba sendo vítima de agressão física em sua própria residência, ela relata ter sido um homem e uma mulher parecida com um "cotonete" fazendo o assasino começa uma perseguição para esses feitores.
O Assassino de David Fincher não é um filme diferente dos assassinos de aluguel que temos no cinema atualmente fazendo o filme passar uma sensação de "Dejávi" para o espectador de em algum momento de nossas vidas possamos ter visto algo parecido, neste caso uma narrativa é motivação de personagem parecida com filmes do mesmo gênero. O que Fincher fez que foi o diferencial foi nos imergir na mente de afirmações e ansiedade do pesonagem, ele nos mostra ser um homem metódico e diferente de nós mais enquanto ele diz isso ele come um lanche no McDonald's, ele usa produtos eletrônicos que mostram a frequência cardíaca de seu coração, ele compra algo pela Internet, ou seja, o assassino em que vemos e um homem totalmente profissional em seu trabalho mais em que questões da vida codidiana se assemelha muito com nossas vidas.
A ansiedade e afirmações do nosso conciente e de nosso subconsciente pode nos fazer falhar naquilo em que trabalhamos, em O Assassino de David Fincher é uma prova disso em um ato de seu trabalho teve uma falha totalmente desastrosa fazendo uma pessoa inocente ser morta, o assassino aplica colirios em seus olhos e se veste com um traje para se camuflar na escuridão mais toda essa preparação foi invã no final, devemos tomar cuidado com o que pensamos para não temos finais desastrosos assim como o assassino de Fincher.
O Assassino (The Killer – EUA, 2023)
Direção: David Fincher
Roteiro: Andrew Kevin Walker (baseado em HQ criada por Alexis “Matz’ Nolent e Luc Jacamon)
Elenco: Michael Fassbender, Charles Parnell, Kerry O’Malley, Sala Baker, Sophie Charlotte, Tilda Swinton, Arliss Howard, Emiliano Pernía, Gabriel Polanco, Monique Ganderton, Jack Kesy
Duração: 118 min.
Por: Felipe Porpino
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