Crítica - O Dia em Que o Porco Caiu no Poço
Segundo o teórico francês André Bazin (1918-1958), – a duração dos planos, definirá o caráter ambíguo e a veemência ótica da imensidade imersiva do espectador perante aquela obra, ou seja, planos com uma longa duração, faz com que o espectador observe com atenção aquilo que está acontecendo, penetre seus olhos e decifre à semiotica daquela ação que está sendo mostrada em tela. É fato que, um filme não precisa devidamente ficar preso em uma teoria que classifique aquela obra como um todo, geralmente, vimos diversas nuances conceituais de teóricos cinematográficos em certos filmes. Mas, é claro, tudo se torna relativo no cinema. Hong Sang-soo, é um cineasta que intercala diversas ideais para articular um conceito próprio de mise-èn-scene. Em suma, quando batemos o olho em um filme de Hong Sang-soo, sabemos que é um filme de Hong-Sang-soo. O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), é um filme que trabalhará com diversas conceitos linguísticos, trazendo um certo espírito poético e ambíguo para aquele "universo cinematográfico".
Como citado anteriormente, O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), colocará em prática todos os recursos conceituais que, André Bazin propôs em sua teoria, aonde cada plano seguirá uma intensidade contemplativa individualista para cada personagem e que, isso irá refletir nos vislumbres óticos e nas reações corpóreas do espectador. Tudo isso, primeiramente, irá ser exibido em tela e logo após irá refletir o resultado nas linguagens corporais do indivíduo que está assistindo. O poder maleável do cinema é incrível! Uma relação poética e harmoniosa que irá transcender os sentidos umbràticos e sensoriais. O cinema é linguagem. Narrar os acontecimentos e os manifestos explícitos de uma obra, é nada mais nada menos do que, uma resenha analítica. À crítica cinematográfica, procura escavar à uma profundidade que não é meramente exibida, mas sim, sentida. O cinema também é sensações e sentimentos
Eu sinto que, O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), procura subverter à sua narrativa que, superficialmente parecerá ingênua e costumeira que procura um escapismo fugaz para uma linearidade esbelta e conectiva. – Tenho opiniões e analogias que irão uniformizar de forma didática o que estou querendo dizer. Particularmente, eu prefiro uma certa rebeldia criacional do que desenvolver e criar à mesma coisa que todo mundo. Dessa forma, podemos dizer que, – Hong-Sang-soo é o aluno mais brilhante da escola. Mas que, senta ao lado dos baderneiros da turma. Este pensamento irá resumir de modo pragmático todo o caráter mental e filosófico de Hong-Sang-soo quando se trata de seu cinema.
A premissa parecerá simples, mas, se torna algo de profundas extensões complexas e oníricas. Um romancista que está beirando o fracasso, uma esposa traidora, um marido misofóbico e uma bilheteira. O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), é um filme de diversas perspectivas e de diversas circunstâncias. Essas perspectivas individuais irão fazer parte de um mesmo diâmetro diegetico, ou seja, por mais que observamos à vida de cada um, todos os personagens estão entrelaçados dentro de uma mesma mediocridade e dentro de uma mesma bolha pecaminosa. No filme de, Hong-Sang-soo tudo fará sentido mesmo sem fazer um sentido linear, na verdade, à quebra da linearidade trará um caráter ambíguo e experimental para aqueles acontecimentos. Não é apenas um caráter audiovisual que será o causador de uma definição de parâmetros teóricos que estão "solidificados". Ao invés disso, é de suma importância procurar uma definição psíquica que rodeia aqueles que irão determinar os atos narrativos.
O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), é um filme simples. Mas que, foge de sua simplicidade num piscar de olhos. Tudo é muito ríspido e dinâmico ao mesmo tempo que será maçante e invasivo. Toda essa radicalização deslocativa irá acontecer de modo imperceptível, ou seja, estamos adentrando no cotidiano de um personagem, e, de maneira áspera, iremos para um caminho inverso do mesmo universo. Aqui, os planos são elementos únicos, e mesmo que, à câmera faça um plano semelhante, não será igual ao espírito fotogênico que foi apresentado anteriormente. – Em última análise, diria que, O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), é ambíguo, medíocre, invasivo e fotogênico. Um filme de elementos perpétuos dentro de uma filmografia de um ótimo cineasta.
Como citado anteriormente, O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), colocará em prática todos os recursos conceituais que, André Bazin propôs em sua teoria, aonde cada plano seguirá uma intensidade contemplativa individualista para cada personagem e que, isso irá refletir nos vislumbres óticos e nas reações corpóreas do espectador. Tudo isso, primeiramente, irá ser exibido em tela e logo após irá refletir o resultado nas linguagens corporais do indivíduo que está assistindo. O poder maleável do cinema é incrível! Uma relação poética e harmoniosa que irá transcender os sentidos umbràticos e sensoriais. O cinema é linguagem. Narrar os acontecimentos e os manifestos explícitos de uma obra, é nada mais nada menos do que, uma resenha analítica. À crítica cinematográfica, procura escavar à uma profundidade que não é meramente exibida, mas sim, sentida. O cinema também é sensações e sentimentos
Eu sinto que, O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), procura subverter à sua narrativa que, superficialmente parecerá ingênua e costumeira que procura um escapismo fugaz para uma linearidade esbelta e conectiva. – Tenho opiniões e analogias que irão uniformizar de forma didática o que estou querendo dizer. Particularmente, eu prefiro uma certa rebeldia criacional do que desenvolver e criar à mesma coisa que todo mundo. Dessa forma, podemos dizer que, – Hong-Sang-soo é o aluno mais brilhante da escola. Mas que, senta ao lado dos baderneiros da turma. Este pensamento irá resumir de modo pragmático todo o caráter mental e filosófico de Hong-Sang-soo quando se trata de seu cinema.
A premissa parecerá simples, mas, se torna algo de profundas extensões complexas e oníricas. Um romancista que está beirando o fracasso, uma esposa traidora, um marido misofóbico e uma bilheteira. O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), é um filme de diversas perspectivas e de diversas circunstâncias. Essas perspectivas individuais irão fazer parte de um mesmo diâmetro diegetico, ou seja, por mais que observamos à vida de cada um, todos os personagens estão entrelaçados dentro de uma mesma mediocridade e dentro de uma mesma bolha pecaminosa. No filme de, Hong-Sang-soo tudo fará sentido mesmo sem fazer um sentido linear, na verdade, à quebra da linearidade trará um caráter ambíguo e experimental para aqueles acontecimentos. Não é apenas um caráter audiovisual que será o causador de uma definição de parâmetros teóricos que estão "solidificados". Ao invés disso, é de suma importância procurar uma definição psíquica que rodeia aqueles que irão determinar os atos narrativos.
O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), é um filme simples. Mas que, foge de sua simplicidade num piscar de olhos. Tudo é muito ríspido e dinâmico ao mesmo tempo que será maçante e invasivo. Toda essa radicalização deslocativa irá acontecer de modo imperceptível, ou seja, estamos adentrando no cotidiano de um personagem, e, de maneira áspera, iremos para um caminho inverso do mesmo universo. Aqui, os planos são elementos únicos, e mesmo que, à câmera faça um plano semelhante, não será igual ao espírito fotogênico que foi apresentado anteriormente. – Em última análise, diria que, O Dia em Que o Porco Caiu no Poço (1996), é ambíguo, medíocre, invasivo e fotogênico. Um filme de elementos perpétuos dentro de uma filmografia de um ótimo cineasta.
O Dia em que o Porco Caiu no Poço (Daijiga umule pajinnal) – Coreia do Sul, 1996
Direção: Hong Sang-soo
Roteiro: Koo Hyo-seo
Elenco: Eun-hee Bang, Eun-sook Cho, Eui-sung Kim, Eung-kyung Lee, Sun-mi Myeong, Jin-seong Park, Kang-ho Song
Duração: 115 min.
Por: Felipe Porpino
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